Foi
na segunda metade do século XVIII, com a Revolução Industrial e consequente
hegemonia do capitalismo (sistema econômico no qual os meios de produção são de
propriedade privada, e o principal objetivo é a produção de lucro), que as
produções artísticas também começaram a ser vistas como um bem de consumo, ou
seja, um produto.
Nesse
contexto se estabeleceu a indústria cultural, como é chamado o setor econômico
responsável pela produção e comercialização de obras artísticas.
Ao
seguir a lógica capitalista, a indústria cultural transformou as produções
artísticas em um bem que pode ser adquirido por um valor monetário, promovendo
o lucro do empresário que as fornece. Por essa razão, outra característica da
indústria cultural é a produção em série e em larga escala, visando atender um
amplo público consumidor.
O
desenvolvimento da imprensa e do mercado editorial foram fundamentais para a
difusão da indústria cultural. Na Europa, no século XIX, por exemplo, os jornais
passaram a contratar escritores para produzir folhetins (obras literárias de
narrativa ágil, fragmentadas em capítulos), recebendo um pagamento para essa
atividade.
A
consolidação desse ideal capitalista da produção artística, no entanto, ocorreu
em meados do século XX com a popularização dos veículos de comunicação como os
jornais, o rádio e a televisão, meios fundamentais para a difusão dos produtos
decorrentes da indústria cultural.
Esses
meios, no entanto, além de divulgadores dos produtos desse segmento são também
produtores. É o caso, por exemplo, da indústria cinematográfica.
Em
todo o mundo são produzidos filmes que levam milhões de espectadores aos
cinemas alcançam recordes de arrecadação. Há algumas décadas, o polo
cinematográfico com maior inserção mundial é o que se encontra em Hollywood,
distrito de Los Angeles, Califórnia, nos Estados Unidos.
Os
filmes produzidos por Hollywood são exibidos em salas de cinema do mundo todo,
disputando espaço com as produções locais. Essa ação globalizada, de ampla
abrangência, pode conflitar com a conduta local.
O
surgimento da indústria cultural ampliou o mercado de trabalho para os artistas
e facilitou o acesso da população a suas obras. Por outro lado, um dos
problemas apontados pelos críticos desse modelo é que a indústria cultural
precisa ter inserção e abrangência na sociedade; assim, para vender seus
conteúdos artísticos, estabelece a massificação de seus produtos. Dessa forma,
ocorre uma padronização das produções culturais a fim de atingir o maior número
de pessoas (consumidores).
REFERÊNCIA
AOKI,
Virgínia. EJA Moderna: Educação de
Jovens e Adultos. São Paulo: Moderna, 2013.
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