Hoje, comemoramos 133 anos de proclamação da República brasileira. Isso remete-nos ao dia 15 de novembro de 1889. Nesse dia, o Império do Brasil foi substituído pelo sistema republicano. E, sob a liderança do Marechal Manoel Deodoro da Fonseca, proclamada a República Federativa dos Estados Unidos do Brasil.
Em primeiro lugar, o dia 15 de novembro de 1889, nada teve de especial. Não ocorreu tiros. Não houve revolução. O povo não saiu às ruas do Rio de Janeiro (capital do país) para depor o Imperador. A população não invadiu o Palácio da Guanabara para instalar o novo sistema de governo. O dia 15 de novembro foi obra dos militares e das elites brasileiras, insatisfeitas com a administração política e econômica retrógrada da monarquia.
Em segundo lugar, as elites dirigentes pouco fizeram pelos cidadãos excluídos da República. Para ser preciso, os excluídos não eram cidadãos. Os "cidadãos excluídos", dentre eles, mulheres, analfabetos e afrodescendentes, não possuíam direitos políticos. Nascia, em 1889, a República Velha, a República das Espadas, a política do café com leite e a desgraçada prática do voto de cabresto.
Portanto, esta é a verdade dos fatos. A proclamação da República foi uma manobra política. Uma alternância de poder. Um império que vai. Uma república que vem. Contudo, aquiescemos, o dia 15 de novembro de 1889, dá início a uma nova etapa da história do Brasil. Como podemos notar, marcada por muitas contradições.
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