terça-feira, 17 de setembro de 2013

A ECONOMIA SOCIALISTA


         A situação dos trabalhadores no início do desenvolvimento capitalista na Europa era a pior possível. Diante dessa situação surgiram contestações à ordem vigente, críticas ao capitalismo e propostas de novas organizações sociais. O capitalismo passou a ser visto, principalmente por Marx e Engels como um sistema injusto, opressor, irracional, causador de crises econômicas e explorador da força de trabalho, visando unicamente o lucro e a acumulação progressiva de capitais.
Os socialistas acreditavam que a economia não deveria beneficiar poucos indivíduos (a burguesia), mas toda a sociedade. Por isso, em vez da competição do mercado e da exploração do homem pelo homem, propunham cooperação e uma sociedade onde terras, bancos, minas e fábricas pertencessem a todos aqueles que produzissem e trabalhassem. Tudo seria de todos e os frutos do trabalho coletivo, distribuídos de acordo com a produção de cada um. Desta forma, ninguém exploraria ninguém.
As características fundamentais propostas para o modo de produção socialista são: 1) A propriedade privada é substituída pela propriedade social, agora pertencente ao Estado e controlada pelos trabalhadores; 2) O Estado tem a função de distribuir bens e serviços de acordo com as necessidades de cada indivíduo; 3) O poder do proletariado é exercido por intermédio do Estado socialista, que passa a planejar a economia, estimulando o que e como produzir.
Segundo Nikitin (1967) o modelo socialista de produção tem como essência, o controle do Estado em todos os postos de comando da economia nacional. Partindo das leis econômicas do socialismo, o Estado socialista delineia os planos concernentes ao desenvolvimento da economia e os põe em prática, mobilizando para isso todos os trabalhares. O governo determina a escala, a velocidade e as proporções do desenvolvimento de todos os ramos da economia e o volume e estrutura dos investimentos de capital. Organiza o financiamento e os créditos, prepara o orçamento estatal e assegura sua execução, distribui a renda nacional e decide qual a parcela que deve caber à acumulação e qual deve caber ao consumo. Os órgãos estatais observam contabilização e controle rigorosos da quantidade de trabalho e da quantidade do consumo. Determina a política salarial, organizam o movimento das mercadorias, fixam os preços dos artigos. Preparam, educam e repartem os quadros de pessoal. Organizam todos os vínculos do aparelho administrativo.

REFERÊNCIAS

COELHO, Marcos A.; TERRA, Lygia. Geografia Geral: O Espaço Natural e Socioeconômico. 4ª edição. São Paulo: Moderna, 2001.

OLIVEIRA, Luiz F.; COSTA, Ricardo C. R. Sociologia para Jovens do Século XXI. Rio de Janeiro: Imperial Novo Século, 2007.

NIKITIN, P. Fundamentos de Economia Política. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1967.

Prof. Lucio M. L. Lima


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