A situação dos trabalhadores no início
do desenvolvimento capitalista na Europa era a pior possível. Diante dessa
situação surgiram contestações à ordem vigente, críticas ao capitalismo e
propostas de novas organizações sociais. O capitalismo passou a ser visto,
principalmente por Marx e Engels como um sistema injusto, opressor, irracional,
causador de crises econômicas e explorador da força de trabalho, visando
unicamente o lucro e a acumulação progressiva de capitais.
Os
socialistas acreditavam que a economia não deveria beneficiar poucos indivíduos
(a burguesia), mas toda a sociedade. Por isso, em vez da competição do mercado
e da exploração do homem pelo homem, propunham cooperação e uma sociedade onde
terras, bancos, minas e fábricas pertencessem a todos aqueles que produzissem e
trabalhassem. Tudo seria de todos e os frutos do trabalho coletivo,
distribuídos de acordo com a produção de cada um. Desta forma, ninguém
exploraria ninguém.
As
características fundamentais propostas para o modo de produção socialista são:
1) A propriedade privada é substituída pela propriedade social, agora
pertencente ao Estado e controlada pelos trabalhadores; 2) O Estado tem a
função de distribuir bens e serviços de acordo com as necessidades de cada
indivíduo; 3) O poder do proletariado é exercido por intermédio do Estado
socialista, que passa a planejar a economia, estimulando o que e como produzir.
Segundo
Nikitin (1967) o modelo socialista de produção tem como essência, o controle do
Estado em todos os postos de comando da economia nacional. Partindo das leis
econômicas do socialismo, o Estado socialista delineia os planos concernentes
ao desenvolvimento da economia e os põe em prática, mobilizando para isso todos
os trabalhares. O governo determina a escala, a velocidade e as proporções do
desenvolvimento de todos os ramos da economia e o volume e estrutura dos
investimentos de capital. Organiza o financiamento e os créditos, prepara o
orçamento estatal e assegura sua execução, distribui a renda nacional e decide
qual a parcela que deve caber à acumulação e qual deve caber ao consumo. Os órgãos
estatais observam contabilização e controle rigorosos da quantidade de trabalho
e da quantidade do consumo. Determina a política salarial, organizam o
movimento das mercadorias, fixam os preços dos artigos. Preparam, educam e
repartem os quadros de pessoal. Organizam todos os vínculos do aparelho
administrativo.
REFERÊNCIAS
COELHO,
Marcos A.; TERRA, Lygia. Geografia
Geral: O Espaço Natural e Socioeconômico. 4ª edição. São Paulo: Moderna,
2001.
OLIVEIRA,
Luiz F.; COSTA, Ricardo C. R. Sociologia
para Jovens do Século XXI. Rio de Janeiro: Imperial Novo Século, 2007.
NIKITIN,
P. Fundamentos de Economia Política.
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1967.
Prof. Lucio M. L. Lima
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